Postado pelo :

ADM

Descoberta indica que o microbioma pode contribuir para o efeito sanfona 1024 683 ADM

Descoberta indica que o microbioma pode contribuir para o efeito sanfona

Cada vez mais o microbioma humano vem ganhando destaque como fundamental para a manutenção da saúde e qualidade de vida. A microbiota humana consiste em um conjunto de 10 a 100 trilhões de microrganismos simbióticos (não prejudiciais) distribuídos ao longo do corpo humano. Recentemente, além da microbiota, surgiu um novo conceito, o microbioma humano que representa os genes presentes em todos esses microrganismos e que mesmo não fazendo parte do genoma humano, são fundamentais para o funcionamento do metabolismo.

Já se sabe que a composiçõeo desses microrganismos possui importante papel na metabolização de medicamentos, metabolizações e absorções de nutrientes, susceptibilidade a diabetes tipo 2, doença do intestino irritável, depressção, obesidade, entre outras. As pesquisas indicam que quanto mais variadades a composição da microbiota, principalmente a do intestino, mais saudável a pessoa será. Para manter o equilí­brio e essa variedade necessária para uma vida saudável, o principal fator é a dieta, que possui influência direta na composição microbiana. A dieta ocidental rica em gorduras saturadas, por exemplo, pode alterar a composições desses microrganismos inibindo alguns favoráveis ao organismo humano. Quando há alteração da dieta, há alteração do microbioma. Outro fator importante que estimula a composição saudável do microbioma é a atividade física. Através da modulação de algumas vias relacionadas aos processos inflamatórios e que beneficia a microbiota do organismo.

Confira alguns alimentos que interferem na composição do microbioma: Equilibrantes: iogurte natural, frutas e vegetais, café, chá, vinho tinto. Desequilibrantes: dieta com alto teor calórico, dieta com alto teor de carboidratos refinados, bebidas adoçadas, adoçantes artificiais, leite integral.

Essa semana pesquisadores encontraram mais um aspecto importante relacionado ao microbioma: o efeito sanfona. O trabalho publicado na revista “Nature”, verificou em modelos animais que ao tornarem-se obesos, eles adquiriam um microbioma menos diversificado e após dieta e perda de peso, essa composição permanecia por mais tempo, o que favorece o reganho de peso, conhecido como efeito sanfona. De acordo com a ciência, para manter o peso de maneira duradoura, a dieta deve ter como foco a diversificação da microbiota. Para isso, a manutenção de hábitos saudáveis de maneira constante e duradoura é de extrema importância para uma vida saudável e longe da obesidade.

Como treinar em dias secos, de baixa umidade do ar? 1024 683 ADM

Como treinar em dias secos, de baixa umidade do ar?

A baixa umidade relativa do ar, conhecida popularmente como “tempo seco”, costuma ser mais acentuada no centro-oeste, sudeste e sul do Brasil no período final do inverno e início da primavera, mas dias mais secos podem acontecer em qualquer estação, inclusive no verão, que alterna grandes chuvas com grandes estiagens.

Narinas e olhos ressecados, cansaço, dor de cabeça, pele ressecada e alergias respiratórias são só algumas formas de como o tempo seco pode afetar nossa saúde. E é natural que surjam dúvidas para quem pratica atividade física, visto que a relação temperatura ambiente e umidade do ar é essencial para exercer qualquer tipo de exercício.

Quem nunca parou um treino por dificuldades em recuperar o fôlego ou até mesmo para respirar?

Durante o inverno deste ano, o país apresentou índices que o colocam na pior crise hídrica em 91 anos, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Para piorar, além da falta da chuva, algumas regiões chegaram a temperaturas próximas dos 40ºc e umidade relativa do ar abaixo dos 20%. Segundo a escala aprovada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a medição ideal da umidade relativa do ar deve ficar entre 50 e 60%. A expectativa é de períodos ainda mais secos com a proximidade do verão. Claro que o sedentarismo não é uma opção, mas cuidados são necessários nesses momentos. Vamos entender quais?

Umidade do ar x atividade física

Ao contrário do que se imagina, não é somente a baixa umidade do ar que prejudica o desempenho físico, a alta também pode atrapalhar. Na verdade, existe uma faixa de umidade do ar que é considerada ideal, compreendida entre 40% a 60%. Acima desta faixa, a umidade começa a trazer desconforto térmico, e abaixo o ar seco também é prejudicial. Nos últimos dias do inverno, tivemos a umidade do ar por volta de 17%, o que causa muito desconforto, principalmente devido à perda de líquido pelas chamadas células da mucosa das vias aéreas.

Nas vias aéreas respiratórias, é preciso que seja mantida uma certa quantidade de vapor de água para evitar o ressecamento das células de revestimento, que funcionam como um eficiente filtro do ar que respiramos. Este vapor de água, por sua vez, é produzido a partir dos líquidos corporais e precisa ser mantido nas fossas nasais, faringe, laringe, traqueia, brônquios etc. Quando respiramos um ar muito seco, a necessidade de produzir este vapor de água é muito maior, e consequentemente pode existir também um ressecamento das vias aéreas, prejudicando exatamente a função de filtrar o ar e levando até mesmo a problemas respiratórios. Além disso, no ar seco costuma haver uma maior poluição.

– Em agosto deste ano, a umidade relativa do ar marcou 20% em algumas regiões. Isso é muito baixo, significa não somente que o clima está muito seco, mas também com grande concentração de poluentes. Durante a prática da atividade física, é comum aumentarmos o volume de ar inspirado. Como o ar está mais seco, provoca maior ressecamento de vias aéreas, levando ao cansaço prematuro, dores de cabeça, taquicardia, náuseas e câimbras – acrescenta Yago Fernandes, médico endocrinologista.

Um atleta precisa do suor, principal mecanismo de termorregulação do corpo humano, para evitar o aumento da temperatura corporal, o que é normal durante todo exercício físico. Porém, com a baixa umidade relativa do ar, o suor acaba evaporando muito rápido e não realiza a função de homeostase, que é equilibrar a temperatura corporal, provocando a desidratação precoce e até a temida hipertermia com as alterações patológicas físicas e mentais, como explica o médico endocrinologista Yago Fernandes, que ainda acrescenta de que forma o atleta pode sofrer com o baixo desempenho em meio a esse cenário.

– Existem quatro mecanismos de perda de calor: condução, convecção, irradiação e evaporação. Os três primeiros dependem da perda direta de calor em contato com o ar mais frio. Quando a temperatura ambiente é alta, estes mecanismos são menos eficientes, e a perda de calor vai depender essencialmente do mecanismo de evaporação do suor. É importante frisar que não é a produção de suor que resfria o corpo e, sim, a evaporação do suor produzido que rouba calor da superfície corporal. Por isso, enxugar o suor produzido, evitando que ele evapore, prejudica a perda de calor. Existem evidências que mostram que a perda de líquido corresponde a 2% da massa corporal e é suficiente para causar redução na capacidade de desempenho físico – conta Yago Fernandes.

Um problema que afeta os mecanismos que promovem a dissipação de calor, fazendo com que o indivíduo apresente um aumento da temperatura do corpo, é a hipertermia. Nela, há um aumento drástico da temperatura central, que corresponde ao coração, pulmão, encéfalo e órgãos esplâncnicos, ficando acima dos 40 ºC. A temperatura central, em condições normais, apresenta-se entre 36,6 ºC e 37,6 ºC. Enquanto esses órgãos são conhecidos por abrigar a “temperatura central”, a temperatura da pele e dos músculos é denominada periférica. Alterações nessa temperatura central, tanto em valores inferiores quanto acima dos valores normais, podem desencadear disfunções em vários órgãos, provocando, por exemplo, insuficiência renal e respiratória. Neste caso, três tipos de situações podem levar a hipertermia.

  • Hipertermia clássica: desencadeada pela exposição prolongada ao calor excessivo. Se uma pessoa ficar muito tempo exposta ao sol, sem que se hidrate adequadamente, há perda de água por suor e consequentemente a desidratação. Desta forma, o suor não é produzido, e o corpo não é resfriado;
  • Hipertermia induzida por esforço físico: neste caso, temos o aumento da temperatura interna devido à atividade prolongada da musculatura, a qual produz calor, somada a fatores como temperatura do ambiente e umidade elevadas. A incapacidade de dissipar o calor adequadamente leva ao aumento da temperatura do organismo;
  • Hipertermia maligna: considerada uma síndrome de origem farmacogenética potencialmente letal, a qual se manifesta em indivíduos predispostos quando submetidos a anestésicos inalatórios halogenados e/ou bloqueadores neuromusculares despolarizantes. A manifestação da hipertermia maligna pode ocorrer, de forma mais rara, após exposição solar prolongada e realização de atividades físicas intensas.

– O rendimento (esportivo) cai devido à queda da quantidade do líquido intersticial (líquido presente no sangue), tornando-o mais denso e pesado. Isso, por sua vez, faz com que o nosso coração trabalhe mais, levando a uma sensação de mal-estar. Essa combinação de tempo seco e calor pode levar a hipertermia, principalmente em pessoas que estão com um nível de hidratação abaixo de 70% de água corporal total. No entanto, existem pessoas que já estão bem adaptadas ao treinamento, e a hipertermia será mais difícil, pois o organismo tende a levar ao estado estável, que chamamos de homeostase – completa Lincoln Cavalcante, profissional de educação física e personal trainer de famosos como Marina Ruy Barbosa e atletas como Kyra Gracie.

Um artigo de revisão da Universidade Federal do Maranhão mostrou que a desidratação prejudica o desempenho aeróbio e de força em ambientes quentes. Um aspecto relevante dessas investigações é o fato de que quanto maior a desidratação, maior a redução no desempenho físico. A exposição prolongada à hipertermia pode engrossar o sangue por causa da perda do conteúdo líquido, formando coágulos que podem entupir as artérias e provocar infarto ou AVC. Em situações de estresse, a suprarrenal libera um hormônio chamado cortisol, a fim de restabelecer o equilíbrio do organismo. Apesar de uma resposta natural e protetora do corpo, quando exposta por muito tempo, essa substância também pode passar a ser tóxica.

Recomendações gerais do “Centro de pesquisas meteorológicas e climáticas em agricultura da Unicamp” em relação a exercícios físicos em período de baixa umidade o ar:

  • Entre 20 e 30% – estado de atenção
  1. Evitar exercícios físicos ao ar livre entre 11h e 15h;
  2. Umidificar o ambiente através de vaporizadores, toalhas molhadas, recipientes com água, etc;
  3. Sempre que possível ficar em locais protegidos do sol, em áreas vegetadas;
  4. Consumir água, sucos e frutas à vontade.
  • Entre 12 e 20% – estado de alerta
  1. Observar as recomendações do estado de atenção;
  2. Suprimir exercícios físicos e trabalhos ao ar livre entre 10h e 16h;
  3. Evitar aglomerações em ambientes fechados;
  4. Usar soro fisiológico para olhos e narinas e cremes hidratantes.
  • Abaixo de 12% – estado de emergência
  1. Observar as recomendações para os estados de atenção e de alerta;
  2. Determinar a interrupção de qualquer atividade ao ar livre entre 10/16h, como aulas de educação física, coleta de lixo, entrega de correspondência, entre outras;
  3. Determinar a suspensão de atividades que exijam aglomerações de pessoas em recintos fechados, como aulas, cinemas, entre 10/16h;
  4. Durante as tardes, manter com umidade os ambientes internos, principalmente quarto de crianças e hospitais.

De acordo com o pneumologista Rodrigo Santiago, dentre as orientações para evitar os prejuízos que a baixa umidade do ar causam, destacam-se:

  • Hidratação, com o consumo de bastante água;
  • Lavagem nasal de 3 a 5 vezes ao dia com soro fisiológico;
  • Umidificação dos ambientes, podendo ser com toalhas molhadas, bacias/baldes com água, ou mesmo umidificador de ar. Porém, é preciso não exagerar, evitando que o aparelho permaneça ligado por mais de 3 a 4 horas no local, sob o risco de pecar pelo excesso, umidificando demais o ambiente e predispondo o local à proliferação de fungos na parede, com bolor e mofo.

Pele e vias respiratórias

Ele ainda acrescenta orientações para os praticantes de atividade física com problemas preexistentes, como asmáticos e os portadores de doenças respiratórias, as famosas “ites” (rinite, sinusite, bronquite):

– Quando a umidade relativa do ar está abaixo de 30%, é necessário evitar a prática de exercícios físicos e/ou trabalhos ao ar livre entre 10h e 16h, evitando o contato direto com o sol e preferindo locais mais arborizados. Para quem já tem doenças respiratórias, além das orientações citadas, o ideal é fazer o “básico de seu tratamento de controle”, mantendo o uso diário das bombinhas de controle da doença para os asmáticos e portadores de enfisema pulmonar o uso de corticoides nasais para os portadores de rinite (lembrando sempre que o especialista deve orientar o tratamento específico de cada paciente em questão) – explica o pneumologista Rodrigo Santiago.

Além disso, não é só a parte física e as vias respiratórias que sentem, mas a pele também. Segundo o dermatologista Misael do Nascimento, os riscos do treinamento em um ambiente combinado de baixa umidade do ar e altas temperaturas vão desde envelhecimento precoce da pele, perda de colágeno e elastina, manchas variadas, chegando até queimaduras que não só incomodam, mas que também podem levar a interrupção da rotina de treino ou a casos de cânceres de pele.

– O câncer de pele basocelular (CBC), por exemplo, é responsável por mais de 80% dos cânceres de pele e tem relação com a exposição solar. O carcinoma espinocelular ou CEC é responsável pelos outros 20%, e o melanoma, que tem um componente genético importante, mas ainda tem o sol como agravante, gerando radicais livres – explica Misael.

Vale um alerta também para os banhos, que não devem ser quentes, dispensando o uso de buchas, porque elas retiram a camada protetora da pele, deixando-a ainda mais ressecada. É recomendado o uso de muito hidratante pelo corpo. Outro importante aliado durante a atividade física em meio a altas temperaturas é o protetor solar. O dermatologista Misael do Nascimento explica como utilizá-lo para potencializar a proteção, além de apontar outras proteções para a pele durante a prática de atividade físicas.

– O protetor solar deve ser preferivelmente à prova d`água/suor. Apesar da recomendação do FPS (fator de proteção solar) ser 30, é recomendado a adoção do FPS de 60 para rosto e, se possível, para o corpo também, uma vez que o atleta muitas vezes não consegue parar durante uma competição ou treino para reaplicar o produto. Deste modo, a proteção pode ser mais intensa antes do início da atividade. Um ponto importante que os protetores solares à prova d’ água e suor, é que eles devem ser aplicados com o corpo seco, antes de suar, de preferência em casa ou 15 minutos antes, no corpo inteiro. Sem esquecer das orelhas, o número de CBC e CEC nessa área é alarmante no Brasil, além de dorso dos pés e couro cabeludo se o paciente tiver algum grau de calvície. Não podemos esquecer também dos protetores físicos como roupas e bonés com FPS. Para surfistas e pessoas que realizam atividades no mar, é aconselhável optar por protetores de barreira física veganos para diminuir o impacto no ambiente. E este deve ser aplicado a cada duas horas. Por isso, minha recomendação é que você consulte seu médico, explique a ele sua atividade física para que possam traçar uma estratégia que não prejudique nem o treino, nem a saúde. Há sempre um protetor solar que atende a necessidade de cada pessoa – explica o dermatologista.

Dicas e cuidados durante o treino

Diante dos problemas que podem ser ocasionados em meio a esse cenário, você pode até pensar que o melhor é suspender as atividades durante esse período. No entanto, o sedentarismo e a inatividade física não devem ser uma alternativa. Portanto, se você é o tipo de atleta que gosta de treinar em áreas abertas, como parques e praias, beba muita água. No entanto, tenha cuidado com os isotônicos, pois o conteúdo de sal e glicose pode ser um problema para hipertensos ou diabéticos.

– Atualmente existem eletrólitos em forma de água para as pessoas que não querem ingerir um isotônico que contém carboidrato, conservante e químicas. Mas para os que não podem investir nesses recursos, basta a água normal, filtrada – recomenda o profissional de educação física Lincoln Cavalcanti.

Outra dica valiosa é procurar reduzir a carga de exercício e antecipar os horários de treino para antes das 9h. Desta forma, você evita a desidratação. Prefira ambientes fechados, com sistema de umidificação. Caso perceba qualquer sintoma no ouvido, nariz ou garganta durante o exercício, suspenda a atividade. Preste atenção na intensidade do esforço físico, tendo o cuidado de não ultrapassar seus limites.

– Não é para interromper a prática da atividade física durante essa época do ano. O interessante é usar estratégias para ajudar e diminuir esses sintomas. Hidratação, antes, durante e após o exercício. Buscar horários em que o clima é mais úmido, antes das 10h e após as 20h. Roupas frescas e arejadas, não muito apertadas. Buscar se exercitar em lugares perto de lagos e rios também é uma alternativa para quem gosta de se exercitar ao ar livre – reforça o endocrinologista Yago.

  1. Hidratação: antes, durante e após o treino. Prefira a água. Isotônicos e eletrólitos também são alternativas;
  2. Adapte horários e locais de treinos: prefira treinar em horários alternativos, como antes das 7h ou após 20h, e o mais longe possível de avenidas movimentadas. Quanto mais baixa a umidade do ar, maior o número de poluentes que se acumulam na atmosfera, prejudicando a respiração e o desempenho. A umidade do ar tende a ser mais baixa próxima do meio-dia;
  3. Reduza a intensidade: quando a umidade estiver muito baixa, procure reduzir um pouco a intensidade do exercício ou faça a atividade em ambientes controlados, como, por exemplo, numa academia;
  4. Hidratação da pele: para evitar ou aliviar coceiras e irritações comuns nessa época, é recomendado o uso de loções e cremes hidratantes, além do protetor solar para atividades ao ar livre, especialmente quando em dias de altas temperaturas;
  5. Olhos e nariz: a baixa umidade do ar é propícia para ressecamento não só da pele, como também das mucosas. Portanto, utilize soro fisiológico para lubrificar as vias aéreas e reduzir incômodos respiratórios, além de colírios umidificadores para os olhos.
Ciência mostra obesidade aumenta de casos de câncer – Prevenção esta em atividade física 1024 683 ADM

Ciência mostra obesidade aumenta de casos de câncer – Prevenção esta em atividade física

Estudo publicado na revista Nature Communications oferece explicação mais aprofundada sobre um fenômeno conhecido pelos cientistas, o elo entre obesidade e câncer, informa Cristiane Segatto.

De acordo com o trabalho, a adaptação celular à obesidade produz alterações nas células-tronco que, em vez de originar tecidos saudáveis, os tornam carcinogênicos. No contexto da medicina personalizada, essa descoberta poderá levar ao surgimento de tratamentos mais específicos para pacientes obesos com câncer, além do desenvolvimento de novas drogas.

A obesidade aumenta o risco de desenvolvimento de diversos tipos de câncer. Esse é um conhecimento consolidado, nos últimos anos, por vários estudos epidemiológicos. Mas diferentemente de outros fatores, como o tabagismo, grande parte das pessoas e até dos médicos não sabe da relação. Desvendar de que forma a gordura excessiva contribui para a gênese do tumor pode ajudar na prevenção e na criação de novos remédios.

A preocupação despertada pela relação entre a obesidade (em alta no mundo) e a doença tem levado instituições como a Organização Mundial da Saúde (OMS), o National Cancer Institute (NCI), nos Estados Unidos, e o Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Brasil, a alertar para a necessidade de prevenção. Com a queda no número de fumantes, a tendência é de que a obesidade se torne o fator prevenível mais relevante na gênese do câncer, segundo a American Society of Clinical Oncology (Asco).

Um estudo publicado neste mês na revista Nature Communications oferece uma nova explicação para montar esse quebra-cabeça. Segundo o trabalho, a adaptação celular à obesidade é governada pelo ácido palmítico, derivado da gordura. Essa adaptação produz alterações nas células-tronco que, em vez de originar tecidos saudáveis, tornam-se carcinogênicas. O estudo foi realizado com cultura celular de tumores de mama de 223 pacientes. “Pessoas obesas são mais propensas a desenvolver câncer e, quando isso ocorre, os tumores parecem ser mais agressivos”, diz Nils Halberg, da Universidade de Bergen, na Noruega, um dos autores. “Essa nova compreensão poderá levar ao surgimento de tratamentos melhores e específicos para pacientes obesos com câncer.”

“Não há dúvida de que a obesidade aumenta o risco de diversos tipos de câncer”, diz o médico Paulo Hoff, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).

O tecido gorduroso também produz hormônios femininos (estrogênio e progesterona), fator de risco para o desenvolvimento do câncer de mama, sobretudo em mulheres obesas na pós-menopausa.

O terceiro fator importante é a inflamação crônica. A obesidade desencadeia a produção de algumas citocinas (proteínas excretadas pelas células) que deixam a pessoa em um permanente estado inflamatório, algo que aumenta o risco de câncer. “A OMS estima que cerca de 20% de todos os cânceres têm alguma relação com a obesidade”, diz Cagnacci.

Apesar das evidências acumuladas nos últimos anos, o desconhecimento sobre o assunto persiste. “A maioria dos médicos ainda tende a não ver a obesidade como fator de risco para câncer”, diz o oncologista Hoff. “Isso precisa mudar.”

PREVENÇÃO.

A obesidade também parece aumentar o risco de recorrência dos tumores. Trabalhos epidemiológicos indicam que mulheres obesas ou que engordam depois do tratamento enfrentam um risco mais elevado de retorno da doença. A explicação recai, novamente, sobre os níveis elevados de estrogênio. “Sempre orientamos as pacientes em tratamento a manter um estilo de vida saudável, perder peso e fazer atividade física”, diz Cagnacci.

Com esse objetivo em mente, a artesã Leila Maria de Siqueira Garcia, de 64 anos, reorganizou

LIMITAÇÕES.

os hábitos. Ela nunca foi magra, mas chegou a pesar mais de 130 kg durante o tratamento de um câncer de mama. “Um dia me olhei no espelho e decidi que conquistaria um novo corpo”, afirmou. Perdeu 47 kg em três anos. “Por conta própria, mudei minha alimentação para reduzir gordura, açúcar e refrigerante”, diz ela, que recebeu alta do tratamento de câncer há mais de dez anos. “Hoje me sinto ótima, mas quero emagrecer mais uns 5 kg para fazer a cirurgia de reconstrução da mama”, conta.

A maior parte das evidências que relacionam a obesidade a um aumento de risco de câncer é derivada de grandes estudos de coorte, um tipo de estudo observacional que se propõe a analisar, em uma população previamente definida, qual será a incidência de determinada doença. Dados de estudos observacionais podem ser difíceis de interpretar. Apesar dessas limitações, há evidências consistentes de que grandes quantidades de gordura corporal aumentam o risco de câncer, segundo o NCI, dos Estados Unidos.

Em 2016, a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc, em inglês), da OMS, analisou evidências obtidas por mais de mil estudos sobre o tema e concluiu que a ausência de gordura corporal em excesso reduz o risco de câncer. O trabalho foi publicado no The New England Journal of Medicine. “O câncer é uma doença multifatorial. É difícil definir a causa em determinada pessoa”, disse o oncologista Ronaldo Corrêa, da Coordenação de Prevenção e Vigilância do Inca. “Em quase 90% dos casos, o fator que desencadeou a doença é um comportamento de vida ou uma exposição ambiental.”

Segundo Corrêa, não existe um estudo que tenha avaliado o risco relativo do excesso de peso na população brasileira. O pesquisador explica que muitas das pesquisas feitas no mundo não analisam apenas as faixas de obesidade. Elas incluem no mesmo pacote todo tipo de excesso. Ou seja: uma categoria de sobrepeso e três de obesidade, segundo a classificação do IMC (índice de massa corporal).

Essa definição de excesso de peso contribuiu para o surgimento de 1,8% dos casos de câncer no Brasil, segundo estimativa publicada por Corrêa e colegas no ano passado na revista científica PLOS 1. Segundo o Inca, 5% dos casos de câncer de mama na pós-menopausa são atribuíveis ao excesso de gordura corporal. “Não é incomum que três instituições informem valores diferentes”, diz Corrêa. “Depende dos dados dos inquéritos populacionais que os pesquisadores usaram.”

PNEUZINHO.

Paulo Hoff salienta: “O que aumenta o risco de câncer é a obesidade (IMC acima de 30), não um pequeno sobrepeso”, diz. “Se a pessoa tem um pneuzinho, não quer dizer que ela tem um risco aumentado de sofrer da doença.” A tendência é de que nos próximos anos a quantidade de casos de câncer atribuíveis à gordura em excesso aumente. O avanço do sobrepeso, que já afeta 57,5% dos brasileiros, causa preocupação, porque a tendência é de que continuem engordando e se tornem obesos. É mais difícil fazer uma pessoa com excesso de peso emagrecer do que evitar que uma pessoa com peso normal se transforme em alguém com excesso de peso.

“Adotar um estilo de vida saudável como fator de proteção é uma coisa simples que a maioria das pessoas pode correr atrás e conseguir alcançar”, diz o mastologista Cagnacci. O valor dos benefícios é imenso. •

Condição eleva o nível de insulina e hormônios femininos e causa inflamação crônica, aumentando o risco

O que aumenta o risco de câncer é a obesidade (índice de massa corporal acima de 30), não sobrepeso

Fonte: pressreader.com/O Estado de S. Paulo

150 minutos de exercícios semanais têm efeito de remédio para diabetes 1024 683 ADM

150 minutos de exercícios semanais têm efeito de remédio para diabetes

A Federação Internacional de Diabetes (IDF) divulgou números recentes que preocupam: um em cada dez adultos convive com o diabetes. Em todo o mundo, já são 463 milhões de pessoas com a doença. A mudança no estilo de vida, com uma alimentação mais saudável e a prática de exercícios físicos, é a principal alternativa para prevenir e controlar o problema.

Segundo o endocrinologista Roberto Zagury, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), o exercício pode ajudar também na prevenção para as pessoas com pré-diabetes, porque quem está nessa situação tem em torno de 58% de chances de abrir um quadro de diabetes. Para pacientes com o tipo 2 da doença, a atividade física funciona como tratamento. Se a pessoa fizer pelo menos 150 minutos por semana, terá uma redução nos níveis de glicose semelhante a se estivesse usando uma medicação.

Existem muitos questionamentos sobre o melhor exercício para os pacientes com a glicose alterada.

– O melhor exercício é o que a pessoa gosta de fazer, porque a gente tem uma chance de adesão no médio e no longo prazo muito maior – explica Zagury.

Ainda segundo o especialista, qualquer tipo de exercício serve para tratar o diabetes, mas os aeróbicos, como natação, corrida, bicicleta, são os mais eficientes para reduzir os níveis de glicose. Entretanto, exercícios de força também ajudam.

– Hoje, já dá para afirmar que ambos são eficientes e devem ser realizados conjuntamente – reforça o médico.

Uma outra dúvida que chega aos consultórios com frequência é o dilema entre fazer exercício ou dieta.

– Pensando em termos de hemoglobina glicada, ou seja, em termos de redução dos níveis de glicose, a dieta de maneira geral funciona melhor, e em termos de peso também. Mas o ideal é que tanto dieta, quanto atividade física façam parte do dia a dia dos pacientes – alerta o endocrinologista.

Para quem descobriu que tem diabetes recentemente e quer começar uma atividade física, o ideal é procurar um cardiologista para fazer uma avaliação apropriada.

– Algumas pessoas, quando descobrem o problema, ficam com muito medo de começar a fazer exercícios e ter um problema cardíaco durante a prática da atividade, mas são eventos extremamente raros. O importante é que a pessoa sedentária não comece com exercícios de alta intensidade, e sim vá progredindo dia após dia – explica Roberto Zagury.

FONTE: https://ge.globo.com/eu-atleta/saude/post/2021/11/14/150-minutos-de-exercicios-semanais-tem-efeito-de-remedio-para-diabetes.ghtml

ABDOMINAIS: 4 MITOS 1024 683 ADM

ABDOMINAIS: 4 MITOS

Um abdômen definido é um sonho de muita gente, muitos sonham com uma cintura fina marcando os músculos oblí­quos e uma barriga chapada com a famosa marmita, os gomos do abdome, mas como conseguir um uma barriga assim? Só a alimentação resolve? Só aeróbio em jejum? Dieta dos lí­quidos?

Um abdômen definido é o sonho de muita gente, muitos sonham com uma cintura fina marcando os músculos oblíquos e uma barriga chapada com a famosa marmita, os gomos do abdome, mas como conseguir um uma barriga assim? Só a alimentação resolve? Só aeróbico em jejum? Dieta dos líquidos? Vamos ver 4 mitos sobre a definição abdominal:

1º – Só a alimentação resolve? Eu digo com toda certeza: não! A alimentação é apenas um dos elementos necessários para se obter a tão desejada definição abdominal. O nosso abdome é como qualquer outro músculo do corpo, a única diferença é que esses músculos dificilmente terão tanto volume como os bíceps ou panturrilhas por exemplo, mas nem por isso devemos ignora-los, a alimentação fornecerá a matéria prima necessária para uma hipertrofia muscular, mas isso só ocorrerá se juntarmos alimentação e treino.

2º – Só o aeróbico em jejum? Não! O aeróbico em jejum também não é a solução, ele sozinho é um mito, mas se utilizado com outras técnicas com certeza trará resultado, por exemplo, aeróbico em jejum em conjunto com uma dieta com baixo consumo de carboidratos poderá sim trazer resultados desejáveis e aparentes, mas nada que aconteça da noite pro dia, o abdome requer uma dedicação especial, isso porque para que os músculos dessa região apareçam são necessários que seu percentual de gordura diminua e que você também treine esse grupo muscular para gerar hipertrofia e, sendo assim, aumentar o volume dos músculos.

3º – Dieta de líquidos resolve? Também não! Houve uma época em que dietas de líquidos, dieta das frutas, dieta do azeite, enfim… um monte de dietas estavam em alta, mas nada disso é suficiente e muito menos recomendado. Dieta é uma peça fundamental na busca por um corpo atlético ou esteticamente bonito, por isso deve ser tratada com seriedade, não adianta você treinar bem, dormir bem, suplementar bem e viver dentro de um fast food ou na padaria comendo coxinha, você estará jogando tempo e dinheiro fora, também não adianta você tentar fazer a mesma dieta que sua amiga da academia está fazendo por que as necessidades dela são diferentes das suas. Dieta deve ser passada por um médico especialista ou nutricionista, mas novamente, somente a dieta não resolve o problema, é necessário ter um conjunto para se obter resultados, caso você não siga uma dieta poderá até ter resultados, mas creio que dificilmente serão os resultados que você gostaria de ter.

4º – Quanto mais repetições de exercícios para abdome melhor. Não! Este é outro mito muito comum nas academias, as pessoas pensam que fazendo 500 abdominais estarão “queimando” a gordura e sendo assim ficando mais magras, isso definitivamente não é verdade. Inicialmente as pessoas podem até sentir os músculos do abdome doloridos depois de 200 ou 300 abdominais, mas isso não significa exatamente que se trata de hipertrofia e muito menos de que está sendo queimada a gordura daquela região. O processo de “queima” de gordura é conhecido por lipólise e ocorre no nosso corpo das extremidades para o centro, ou seja, a queima de gordura primeiro começa nos braços, pernas, ombros, pescoço e por ultimo na região do tronco, claro que há exceções, não estamos falando de uma ciência exata, mas na sua grande maioria é assim. Já a questão da quantidade de repetições, nesse caso é uma questão de fadiga do músculo, mas não causado por rompimento de fibras por causa da força exercida para levantar pesos, e sim porque houve uma grande exigência do músculo para executar um grande número de repetições, o que não necessariamente significa hipertrofia do músculo, apenas fadiga. Os exercícios abdominais devem ser feitos da mesma forma de outros grupos musculares, utilizando pesos para que possa haver um rompimento de fibras e a hipertrofia, um peso razoável que possibilite uma execução correta e com grande amplitude; para os iniciantes não é aconselhado o uso de pesos porque a musculatura precisa primeiramente se habituar ao movimento e depois pode ser adicionado carga.

Fonte: http://www.musculacaototal.com.br/abdominais-4-mitos/

7 dicas e cuidados para se exercitar no Verão 1024 683 ADM

7 dicas e cuidados para se exercitar no Verão

Com a chegada do verão, dia 21 de dezembro, é preciso ter cuidados redobrados com a saúde. O excesso de calor pode favorecer condições como insolação, alteração na pressão arterial, desidratação e doenças da pele e do coração.

Segundo artigo da Escola de Medicina Harvard (HMS), as altas temperaturas são particularmente difíceis para as pessoas com insuficiência cardíaca. E indivíduos saudáveis e praticantes de exercícios físicos não estão isentos de sofrer com as ondas quentes. Mas como parar de se exercitar nunca é a solução, o que podemos fazer para evitar os problemas advindos do calor?

Problemas

O médico cardiologista Fabio Tuche explica que a exposição ao calor extremo pode causar uma série de problemas.

– A prática de exercícios com exposição a altas temperaturas está associada a um risco aumentado de algumas complicações, que caracterizam um risco de hipertermia, mais conhecida como insolação. Essa condição pode variar em termos de apresentações – conta Tuche. – Os casos costumam ser leves e chamados de exaustão pelo calor, cursando com sintomas de desidratação, câimbras, tonturas, dor de cabeça, enjoo e temperaturas (febres) variando de 37°C a 40°C. Os quadros mais graves, chamados de intermação por esforço, podem cursar com vômitos, hemorragias, desmaios, disfunção de múltiplos órgãos e até risco de morte. Tais sintomas surgem quando o corpo perde a capacidade de autocontrole da temperatura interna mediante exposição a altas temperaturas internas e no ambiente.

Problemas causados pelo excesso de calor:

  • Insolação;
  • Doenças de pele como micose e bicho geográfico;
  • Desidratação;
  • Dor de cabeça;
  • Tonturas;
  • Desmaios;
  • Fadiga;
  • Risco de morte por parada cardíaca;
  • Aumento do risco de desenvolvimento de câncer de pele.

Verão não é desculpa para não se exercitar

Embora os cuidados sejam necessários, o verão não impede as pessoas de se exercitarem. De acordo com o médico do esporte Fabrício Buzatto, o indicado é praticar atividades pela manhã, até às 9h, ou a partir das 16h, mas sempre com o clima mais ameno.

– Com o aumento da temperatura, os exercícios devem ser feitos em horários com a menor incidência do sol. Um exercício aquático ou em um local com ar-condicionado terá bem menos impacto – diz Buzatto.

O especialista Fabio Tuche ressalta que os exercícios físicos reduzem o risco de doenças cardíacas, porém destaca a importância de respeitar os próprios limites para prevenir eventuais problemas.

– A prática de exercícios deve ser sempre estimulada, pois um dos maiores marcadores de longevidade e redução do risco de doenças crônicas (incluindo as doenças cardíacas) é o bom condicionamento físico. Isso não significa dizer que se deva sair do sedentarismo e começar a praticar exercícios sem o devido cuidado, principalmente no verão quando as temperaturas são mais elevadas – afirma Fabio.

– Para quem é sedentário, não importa a estação do ano, sempre deve ser com cuidado. A grande questão do verão é que as pessoas querem correr atrás do prejuízo de meses ou anos sem fazer nada, então toda cautela é necessária – alerta Fabrício Buzatto.

Dicas e cuidados com a saúde do coração no verão:

Com a orientação do cardiologista Fabio Tuche, o EU Atleta lista dicas para cuidar da saúde do coração no verão. Veja abaixo!

  1. Mantenha o corpo sempre bem hidratado, com água a pelo menos cada 20 minutos de exercício e bebidas isotônicas quando necessário, em atividades mais vigorosas e longas;
  2. Evite atividades em horários de temperaturas elevadas, procure se exercitar antes das 9h e depois das 16h – de preferência, depois das 17h;
  3. Use roupas leves e, de preferência, claras;
  4. Comece com baixos esforços e faça progressos gradativamente, com o tempo adequado de recuperação do corpo;
  5. Procure um médico para ter certeza de que não possui nenhuma doença cardíaca prévia, principalmente se você tem idade avançada e sintomas relacionados aos esforços, tais como falta de ar, tontura, dor no peito ou fatores de risco para doenças cardíacas;
  6. Se você já foi diagnosticado com Covid-19 com falta de ar, internação hospitalar ou cansaço permanente, deve passar por uma avaliação médica antes de iniciar a prática de exercícios físicos regulares;
  7. Se ficar debaixo de sol, use um bom protetor solar e boné. O uso de camisas com proteção UV também é indicado.

Fonte: Fabio Tuche é médico cardiologista, doutor em Ciências pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e especialista pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Fabrício Buzatto é médico do esporte e fisiatra no Ambulatório de Dor Miofascial do Hospital Universitário da Universidade Federal do Espírito Santo.

  • 1
  • 2